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O representante do Rio Grande do Sul no Conselho Federal de Medicina (CFM), Cláudio Balduíno Franzen, criticou na tarde desta quarta-feira (17) o posicionamento dos gestores públicos e administradores de hospitais, que afirmam não ser possível cumprir determinação da entidade que prevê atendimento em até duas horas em emergências. “A sobrecarga em emergências não pode ser usada como desculpa para não atender à população”, afirma. Conforme o conselheiro, a medida em vigor desde terça-feira (16) foi uma espécie de ultimato aos gestores públicos. “É preciso pressionar as autoridades para que tomem medidas urgentes, caso contrário o vai continuar tudo como está.”
O representante do estado na entidade médica federal ainda espera que as denúncias sejam feitas aos conselhos regionais por parte dos profissionais e que eles não se sintam intimidados pelas relações de trabalho . “Muitas vezes, quando as pessoas morrem esperando atendimento, esses pacientes nem chegaram às mãos do médico. No atual quadro, ele é culpado”, diz
Sobre a responsabilização dos gestores em relação à demora no atendimento, também descrita na determinação, o conselheiro diz que não é possível culpar os médicos ou prejudicar os pacientes. “Se fizermos um levantamento das pessoas que morreram no Brasil esperando atendimento nos últimos dias, certamente lotaremos um avião. Não é natural que as pessoas morram na porta do hospital”.