
A rede da CEEE Equatorial demorará de dois a três anos para ter uma condição "adequada". É o que estima o diretor-presidente da distribuidora de energia elétrica, Riberto Barbanera, em entrevista ao programa Timeline, da Rádio Gaúcha, na manhã desta terça-feira (1º). Ele pontuou ainda, que mesmo assim, não há garantia de que não haverá danos.
A justificativa, de acordo com Barbanera, é a falta de investimentos na empresa por mais de 20 anos, segundo ele, enquanto ainda estava sob controle estatal do governo do Rio Grande do Sul.
— A rede da CEEE Equatorial é uma rede fragilizada demais. É uma rede que ficou sem investimentos por mais de 20 anos, e tirar esse atraso não se faz em um ano. Nós ainda vamos mais uns dois ou três anos pela frente pra minimamente deixar essa rede numa condição adequada, desejável, mas não isenta de ter danos em eventos como o de ontem — estima.
Pelo menos 117 mil clientes na área de concessão da CEEE Equatorial seguem sem energia elétrica após o temporal que atingiu o Rio Grande do Sul na tarde de segunda-feira (31). Logo após a intensa instabilidade, o Estado contabilizou 360 mil pontos sem energia elétrica – a maioria em Porto Alegre e Canoas.
Segundo o diretor-presidente, a previsão de conclusão dos serviços para que o fornecimento seja retomado é até quinta-feira (3), mas que dependerá das condições encontradas pelas equipes.
— No momento nós trabalhamos com o dia três (quinta), porém isso é uma previsibilidade que pode se alterar pra mais ou pra menos, de acordo com os danos que nós fomos encontrando e na medida em que chegamos nos locais — afirmou.