O cachorro que atacou uma mulher no início desta semana, no bairro Menino Deus, em Porto Alegre, passará por avaliação veterinária. A medida é uma das diligências da investigação em curso da Polícia Civil.
Na segunda-feira (21), o cão da raça American Bully atacou uma servidora pública de 52 anos que saía de um condomínio na Rua Miguel Couto. A investida aconteceu quando a vítima empurrou o portão do prédio para a tutora do animal, que levava dois cães pela guia, entrar.
Uma lei estadual determina que algumas raças somente circulem em guias com focinheiras. A mesma legislação também prevê que todo o cão que agredir uma pessoa ou outro animal deve ser encaminhado para um médico veterinário, responsável por elaborar um laudo sobre a periculosidade do cachorro.
— Ela (a tutora) foi comunicada e afirmou que o cão já estava numa creche para animais, para receber uma espécie de adestramento, mas que ela o levaria também na veterinária para fazer essa avaliação — explica o delegado Vinicius Nahan, titular da 2ª Delegacia de Polícia, responsável pelo caso.
A conclusão do inquérito policial ainda depende desse documento e dos resultados da perícia dos ferimentos no corpo da vítima.
Segundo a investigação, três meses atrás, o mesmo animal já havia agredido outro cachorro em um parque na Capital. Nas duas ocasiões, a tutora estava com o cão na guia, mas o animal não utilizava focinheira.
— O que a gente percebeu e está concluindo na investigação é que também houve uma grande negligência por parte da suspeita em relação ao seu animal, porque ela de fato não andava com os animais com focinheiras — afirma Nahan.
A tutora é investigada por omissão de cautela na guarda de animal e lesão corporal. Somados, os dois crimes têm pena máxima de até um ano e dois meses de reclusão, podendo ser cumprida de outras formas.