Depois de permanecer um mês com as portas fechadas para circulação interna, o Mercado Público de Porto Alegre reabriu na manhã desta sexta-feira (7). Desde cedo, dezenas de caminhões descarregam carnes, pescados, frutas e verduras. Do lado de fora, uma fila se formou na entrada do portão localizado no Largo Glênio Peres.
Diferentemente do restante do comércio, que poderá abrir somente até domingo (9), o Mercado Público não terá essa restrição. Do lado de dentro, o atendimento só poderá ocorrer pelos balcões, não sendo permitida a entrada nas bancas.
O auxiliar administrativo Fernando Dietrich foi o primeiro a chegar no portão localizado no Largo Glênio Peres. Ele teve de sair de casa para realizar exames médicos e aproveitou para dar um pulo no local e garantir mantimentos.
— Prefiro comprar no Mercado pelo preço, pela qualidade e coisas que a gente só encontra aqui. Gosto de comprar frios e pescados — conta.
Além do portão do Largo Glênio Peres, a entrada e saída de pessoas também ocorrem pela Avenida Borges de Medeiros. Haverá medição da temperatura de clientes e funcionários.
Os restaurantes e padarias têm regras diferentes de acordo com o decreto do setor. Os locais seguem sem receber clientes e atendimento somente na porta, no sistema pegue e leve.
A Padaria do Mercado funciona há 54 anos — há 15 sob comando de Graziela Brasil. A proprietária explica que demitiu cerca de 60 funcionários desde o início da pandemia. O estabelecimento funcionava em três turnos.
— Para nós o decreto não mudou nada. Não pode consumir aqui dentro e caiu cerca de 90% meu faturamento — comenta, enquanto aplica uma solução sanitizante no tapete.
A administração do Mercado solicita à população que apenas uma pessoa por família se desloque até o local. O número de pessoas que poderão acessar a área correspondente a 25% do total apontado no Plano de Prevenção Contra Incêndio (PPCI).