
Os 30 alunos da Escola Preparatória de Dança (EPD) Pasqualini, da Restinga, na Capital, encerram neste sábado a participação no 37º Festival de Dança de Joinville. Eles estão desde quarta-feira na cidade participando dos palcos abertos, que ficam em espaços públicos como shoppings, museu e hospitais, e são acessíveis a toda a comunidade. Moradores e visitantes têm acesso gratuito durante os 12 dias do festival.
Em 2019, mais de 1,7 mil coreografias inscreveram-se na modalidade. Elas contemplam os gêneros Balé Neoclássico, Balé Clássico de Repertório, Jazz, Danças Populares, Dança Contemporânea, Danças Urbanas e Sapateado. O grupo de Porto Alegre foi selecionado para apresentar três coreografias, duas em grupo e uma solo.
A Escola Preparatória de Dança é um projeto de formação de bailarinos em escolas municipais de Porto Alegre, tendo, atualmente, cinco polos. O projeto atende crianças em situação de vulnerabilidade social por meio de aulas de dança, durante o turno inverso da escola.
– A comunidade está muito orgulhosa, a gente percebe isso em todos. Tecnicamente, não vejo diferença entre eles e os demais grupos, pois há outros grupos com as mesmas dificuldades que a gente. Mas, ao mesmo tempo, é possível ver onde há um investimento maior, por exemplo, em figurino. Conseguimos acompanhar várias apresentações, foi uma grande oportunidade para todos – disse a professora Helena Paz.

Autoestima e muita alegria
Para realizar a viagem, os alunos contaram com apoio de muitos voluntários. Durante meses, eles fizeram campanhas e ações para arrecadar recursos para a excursão. Agora, o momento é de agradecimento.
Para a aluna Raissa de Lisboa Farias, 13 anos, participar do maior festival de dança do país está sendo uma oportunidade incrível.
– É uma experiência nova. Eu quero saber mais e aprender mais. Está sendo mágico – conta.
Angélica Custódio, de 11 anos, relata que é uma chance para renovação de sonhos de muitos alunos.
– Um dia poderemos vir para cá competir, mas o que estamos fazendo agora já está nos ajudando a aprender. Mostra que podemos fazer isso todo dia, sair para dançar com autoestima e alegria – completa.