Por quase uma década, cruzar a porta de um dos mais tradicionais redutos boêmios do Centro Histórico às terças-feiras era como atravessar um portal: aos primeiros acordes do bandoneon de Rafael Koller, Porto Alegre convertia-se nos subúrbios da Buenos Aires do começo do século 20, de onde os clientes só saíam depois do último tango. A passagem fechou-se em silêncio no início do ano. Sem alarde, o músico de 87 anos retirou-se da vida noturna da Capital, encerrando a noite temática que virou marca registrada do bar Odeon, na Rua General Andrade Neves.
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