A Associação Educadora São Carlos, mantenedora do Hospital Mãe de Deus, de Porto Alegre, apresentou nesta segunda-feira (10) uma proposta de conciliação com o sindicato que representa os 350 empregados demitidos na semana passada pela instituição. Segundo o presidente do SindiSaúde-RS, Arlindo Ritter, a oferta da instituição é de pagar mais meio salário mensal para cada um dos trabalhadores desligados, a maioria de setores como higienização, rouparia e nutrição.
— Nem vamos levar isso para assembleia, porque é algo muito longe de qualquer acordo. A gente quer a reintegração no trabalho — disse.
Os trabalhadores demitidos prometem fazer nesta terça-feira, a partir das 14h30min, um ato em frente ao hospital, na Rua José de Alencar, bairro Menino Deus, exigindo que a instituição reavalia as demissões. A assessoria de comunicação do hospital informou que não se manifestará durante as tratativas com os trabalhadores.
Na semana passada, a colunista de GaúchaZH Giane Guerra divulgou, em primeira mão, que o Hospital Mãe de Deus estava terceirizando os serviços de nutrição e limpeza. Com a medida, 350 funcionários tiveram de ser dispensados. As empresas terceirizadas, no entanto, não podem contratar os mesmos trabalhadores em um prazo de 18 meses, de acordo com a lei vigente. Contrário à medida do grupo hospitalar, o SindiSaúde promoveu protestos ao longo da semana passada e busca uma conciliação para o caso junto ao Tribunal Regional do Trabalho (TRT).