O Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae) não tem prazo para que a água volte ao normal em Porto Alegre. Em entrevista ao Gaúcha Repórter nesta sexta-feira (24), o diretor de Tratamento e Meio Ambiente do Dmae, Marcelo Gil Faccin, disse que a origem do gosto e do cheiro ruim no líquido está em uma alteração no Guaíba.
"O problema é em decorrência da mutação do manancial. Podem ser tanto alterações naturais – temperatura, chuva, ventos – quanto outras ações causadas pelo homem", afirmou. Ele também negou que tenha havido mais adição de cloro ou de produtos químicos no tratamento.
Moradores de diferentes áreas da Capital reclamam da mudança nas características da água desde o dia 27 de maio. O Dmae, que opera seis estações de tratamento, admitiu que o problema de odor atinge quatro pontos, principalmente a área central e norte da cidade.
Desde o começo de junho, a Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam), a Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Smam) e o Instituto de Química da UFRGS, junto com o Dmae, estão fazendo um monitoramento para encontrar os fatores externos que estão causando o mau gosto e cheiro na água de Porto Alegre.
Conforme o departamento, a alteração não oferece risco à saúde. "O padrão de potabilidade está mantido, especialmente do ponto de vista microbiológico", finaliza Faccin.
Em caso de reclamações, moradores podem ligar para o telefone 156.