Para barrar o reajuste de 10,17% das tarifas de ônibus da Capital, militantes de diferentes organizações apostam em uma estratégia: ir para as ruas. Uma nova manifestação está prevista para a próxima semana.
Mesmo com o aumento sancionado, os grupos que se manifestaram contra o reajuste na manhã desta quinta-feira, em frente à EPTC, acreditam que é possível que o valor retorne de R$ 3,25 para R$ 2,95. Estavam presentes no ato Bloco de Lutas, Juntos, UEE Livre, UJS, entre outras organizações.
Eles buscavam pressionar o Conselho Municipal de Transportes (Comtu) a não aprovar a planilha que sugeria um novo valor. Os conselheiros estavam reunidos no auditório da empresa pública.
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Pouco mais de duas horas após a reunião do conselho, os manifestantes já estavam dispersos e se surpreenderam com a notícia de que o novo aumento já havia sido sancionado pelo prefeito Fortunati:
- É um absurdo que apenas duas horas depois de encaminhado para o prefeito o aumento seja sancionado. Mais uma vez questionamos a ilegalidade deste ato. É um valor abusivo - afirma Nathalia Bittencourt, do Juntos.
A partir das 18h30min desta quinta-feira, no DCE da UFGRS (João Pessoa, 41), uma assembleia do Bloco de Lutas decidirá o local e a data de uma manifestação. A previsão é de que o protesto ganhe as avenidas no início da próxima semana.
Em entrevista coletiva depois do anúncio do aumento, o prefeito José Fortunati afirmou que as manifestações contrárias seriam frutos de disputas políticas, uma vez que as reações de indignação não foram as mesmas depois de reajustes na cesta básica, na energia elétrica e nos combustíveis, entre outros.
*Zero Hora