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O secretário da Saúde de Porto Alegre, Carlos Henrique Casartelli, afirmou nesta quarta-feira (17) que a resolução que prevê tempo máximo de espera de duas horas para atendimento num pronto-socorro é “impraticável” na Capital.
Casartelli elencou dois pontos como as principais causas que impedem o cumprimento da resolução: a estrutura física, com número limitado de consultórios nas emergências, e a falta de médicos.
“É impraticável, inviável. É uma resolução utópica. Se o Conselho estivesse falando em tempo médio de espera, até poderia ser possível o cumprimento. Mas como tempo máximo inviável”, afirmou, em entrevista ao Gaúcha Atualidade.
O secretário lembrou que a espera por atendimento tem sido longa também nas emergências privadas. “Nas privadas, a espera tem sido de seis a oito horas”, ressaltou.
Casartell afirmou que o tempo médio de espera nos pronto-atendimentos públicos da Capital é de três horas para pacientes classificados como “não grave”.
O secretário criticou ainda a falta de diálogo dos Conselhos com o poder público na tentativa de encontrar uma solução para os principais problemas na área de saúde: "Os conselhos de medicina criaram uma disputa com os gestores públicos. Eles não querem dialogar", disse.