
Em assembleia realizada na noite desta quarta-feira (29), em Porto Alegre, a base do Sindicato Estadual dos Trabalhadores em Correios e Telégrafos decidiu entrar em greve por tempo indeterminado. Cerca de 100 funcionários das agências de Porto Alegre e região metropolitana estiveram presentes na reunião. A principal crítica da categoria é a mudança no plano de saúde da empresa para o plano Postal Saúde, transição que acontece desde dezembro de 2013. Segundo o Secretário Geral do SINTECT/RS, Vitor Rittman da Silva, hoje o desconto pelo plano que permite dependentes é 10%. Com a mudança, o servidor terá um desconto superior, restrição no número de dependentes, além do pagamento por procedimentos médicos que anteriormente não eram cobrados.
Os funcionários também reivindicam mudanças no horário de trabalho, principalmente no verão. Atualmente, os funcionários trabalham internamente na triagem das correspondências das 9h às 12h e fazem as entregas durante a tarde e pedem que seja feito o contrário, devido ao calor intenso.
Segundo a assessoria de imprensa dos Correios do RS, a empresa "foi pega de surpresa" pela greve. "Já havia sido realizado um acordo numa reunião realizada em setembro, em Brasília, onde estiveram presentes as duas partes, empresas e sindicatos de todo o país para tratar sobre a troca do plano de saúde. A empresa deixou claro que não haveria qualquer alteração nos valores ou mudanças no que diz respeito aos dependentes e que a mudança foi realizada por questão de gestão. Nos surpreende essa decisão, foi um descumprimento do acordo", disse o assessor de imprensa.
A partir desta quinta-feira, os Correios usarão o plano de contingência para atender as demandas e qualquer medida referente a paralisação será analisada até o meio dia. Os Correios do Rio Grande do Sul tomarão as mesmas decisões que foram decididas em Brasília, já que a greve é a nível nacional.
Os estados de Pernambuco e Paraná também aderiram à greve motivados pela mudança no plano de saúde. Outros estados também realizarão assembleias no decorrer da semana para votar se também vão ou não aderir a greve.