Manifestantes voltaram às ruas de Porto Alegre, na noite de quinta-feira (26), pedindo passe livre e protestando contra o Ensino Médio Politécnico. Após concentração em frente à Prefeitura, o grupo de aproximadamente 250 pessoas, segundo o cálculo da Brigada Militar, saiu em caminhada até o Centro da cidade.
Houve atos de vandalismo e confronto com a polícia, que utilizou bombas de gás lacrimogêneo. Duas agências bancárias e um ponto de atendimento da CEEE tiveram vidros quebrados. Uma vidraça da Catedral Metropolitana foi quebrada e o Museu Julio de Castilhos foi depredado.
A Brigada Militar confirmou a detenção de sete pessoas por depredação, incluindo dois adolescentes, que foram encaminhados ao Deca. Três professores ligados ao Cpers também acabaram sendo detidos. Segundo a presidente do Sindicato, Rejane de Oliveira, eles foram presos na Rua Lima e Silva quando a manifestação já havia se dispersado.
A justificativa foi que os professores estariam envolvidos nos atos de vandalismo, o que é negado pelo Sindicato, que alega que há perseguição com os movimentos sociais por parte da Brigada Militar. Foi pedida fiança de R$ 4 mil para cada professor detido.
Segundo a presidente Rejane de Oliveira, a quantia foi paga, mas a polícia dificultou a liberação dos professores. Eles foram liberados por volta das 4h da terceira Delegacia de Polícia da Capital, no Bairro Navegantes.
Segundo a Polícia Civil, a demora em casos como este é comum devido aos processos administrativos que devem ser cuidados antes de liberar os prisioneiros.
Gaúcha
Sete pessoas são detidas após mais uma noite de protesto e vandalismo em Porto Alegre
Entre os presos estão três professores ligados ao Cpers, que foram soltos de madrugada após pagar fiança
Pedro Quintana
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