
A ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, defendeu que a primeira-dama, Rosângela da Silva, tenha um "cargo honorífico" no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Na sua avaliação, é "injustiça" o que se faz com a primeira-dama em relação aos pedidos de informação sobre sua agenda e ataques.
— Defendo, sim, que Janja tenha um cargo honorífico, seja isso legalizado, porque é importante até que ela possa prestar contas, falar. Não vejo problema nenhum — disse a ministra em entrevista à CNN Brasil.
Gleisi afirmou que Janja tem um "peso social importante":
— Acho que é importante ela ter condições de atuar. Ela é a companheira do presidente da República, ela tem um peso social importante — completou.
Viagem ao Japão
A primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, decidiu embarcar para o Japão uma semana antes da viagem oficial de Lula, que chega ao país na segunda-feira (24). As informações são da Folha de S. Paulo.
No Japão, Lula vai tentar abrir o mercado japonês às exportações de carne do Brasil.
Polêmica com gastos
Apesar de não integrar formalmente o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Janja administra uma equipe com 12 profissionais e gastou R$ 1,2 milhão em viagens desde 2023 — informou reportagem publicada pelo Estadão, em dezembro de 2024.
A oposição apresentou denúncias contra Janja, questionando seus gastos em viagens internacionais e pedindo investigação sobre o tema. O procurador-geral da República, Paulo Gonet, arquivou todas as denúncias.
Segundo Gonet, não há indícios de desvio de recursos públicos, apenas manifestações de insatisfação com os custos dessas atividades.