
A Câmara dos Deputados definiu na terça-feira (18) os partidos que vão comandar cada uma das 30 comissões permanentes da Casa. O Partido Liberal (PL), do ex-presidente Jair Bolsonaro, ficou com a presidência de cinco colegiados — mais do que qualquer outra sigla — e conseguiu escolher os dois que mais o interessavam.
O PL abriu as escolhas optando pela Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (Creden) e a Comissão de Saúde. O partido ainda optou pelos colegiados de Agricultura, Segurança e Turismo.
O líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), pretendia indicar o deputado Eduardo Bolsonaro (SP) para presidir a Creden. Porém, Eduardo se licenciou temporariamente do mandato parlamentar na terça-feira.
A Comissão de Saúde, por sua vez, é a que mais controla as emendas de comissão. Em 2024, o colegiado teve uma fatia de R$ 4,5 bilhões do orçamento.
Como era esperado após acordo firmado pelo ex-presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e mantido pelo novo chefe, Hugo Motta (Republicanos-PB), o União Brasil vai comandar a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). O colegiado é o mais importante dentre todos da Casa, pois emite pareceres finais para todos os projetos de lei e propostas de emenda à Constituição (PECs).
A Federação Brasil da Esperança, que integra o PT, do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, além de PCdoB e PV, ficou com quatro comissões. Os colegiados são Fiscalização e Controle, Finanças e Tributação, Direitos Humanos e Cultura.
Os partidos escolheram as comissões conforme os tamanhos das bancadas na Câmara. O PL, que tem 92 parlamentares, teve direito ao maior número de opções, além das prioridades. Partidos com poucos deputados, como PSOL, PRD, Avante e Solidariedade, ficaram com somente um e tiveram de escolher as últimas opções disponíveis.