O Diretório Nacional do Cidadania aprovou, neste sábado (19), a federação partidária com o PSDB. A decisão aconteceu após uma votação em dois turnos entre os membros do partido.
O Cidadania afirma que, por unanimidade, ficou mantida a pré-candidatura à presidência da República do senador Alessandro Vieira, mesmo que o partido tenha escolhido fechar parceria com uma legenda que já possua o nome de João Dória como escolhido para concorrer ao Palácio do Planalto.
A partir de agora, o Cidadania irá negociar as regras da federação com os tucanos – isso inclui um possível apoio conjunto a um só nome para os cargos a serem escolhidos pela população nas eleições de outubro. O comando do PSDB também precisa definir sobre a nova modalidade partidária.
O Cidadania já havia aprovado, nesta semana, a adesão a uma federação partidária. Faltava só escolher a legenda. Em primeiro turno, foram 54 votos pela federação com o PSDB, 37 com o PDT, 14 com o Podemos e cinco abstenções. No segundo turno, o PSDB recebeu 56 votos e o PDT, 47, com sete abstenções.
Como são as federações
Aprovadas pelo Congresso no ano passado, as federações partidárias são uma nova modalidade de parceria entre as legendas. A legislação foi barrada pelo presidente Jair Bolsonaro, mas o veto foi derrubado pelos parlamentares.
A constitucionalidade da lei chegou a ser contestada no Supremo Tribunal Federal (STF) por uma ação do PTB, que alegou que as federações partidárias buscam reeditar as coligações partidárias, proibidas na reforma política de 2017.
Neste mês, a Corte, por maioria, manteve a possibilidade da união de dois ou mais partidos, a depender de registro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
As federações partidárias são semelhantes às coligações, mas devem durar por toda uma legislatura. Ou seja, por quatro anos, e não apenas nas eleições em questão, como eram com as finadas coligações.
O Cidadania é o primeiro partido brasileiro a oficializar a adesão a uma federação partidária.