Servidores municipais entraram em confronto com a polícia nos arredores da Câmara Municipal de São Paulo na tarde desta quarta-feira (10), próximo ao início das votações da reforma da Previdência do município, encaminhada pelo prefeito Ricardo Nunes (MDB). A proposta foi aprovada no início da madrugada desta quinta-feira (11), em segunda e definitiva votação, por 37 votos favoráveis e 18 contrários.
Segundo presentes, alguns manifestantes jogaram ovos e tentaram forçar a entrada na Câmara. Imagens de televisão e vídeos compartilhados nas redes sociais mostram que os policiais usaram gás lacrimogêneo, bala de borracha e bombas para conter os manifestantes. Esta é a nona manifestação organizada pelos servidores desde setembro, quando a proposta foi enviada à Câmara pelo prefeito.
A confusão se refletiu dentro da Casa, quando vereadores favoráveis ao projeto começaram a discutir com a oposição em meio aos protestos do lado de fora. Após a ação da Guarda Civil Metropolitana, parte dos manifestantes deixaram o local. Uma tentativa de postergar a votação chegou a ser votada, mas os partidos favoráveis formaram maioria para manter a votação.
Em primeiro turno, a proposta foi aprovada pelo quórum mínimo. Entre as principais mudanças está a cobrança de uma alíquota de 14% em valores pagos aos aposentados. Também se propõe uma idade mínima e um maior tempo de contribuição para a aposentadoria.
Outro ponto que provocou a manifestação dos servidores é a criação de uma previdência complementar, que acrescenta uma nova alíquota de contribuição para quem desejar receber acima do teto.