O ex-assessor parlamentar Fabrício Queiroz deixou o condomínio onde mora na Taquara, zona oeste do Rio de Janeiro, por volta de 11h10min. Ele foi levado a um laboratório para realizar exames médicos que já estavam agendados.
Ele e a esposa, Márcia Aguiar, cumprem prisão domiciliar desde o mês passado beneficiados por habeas corpus concedido pelo presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), João Otávio de Noronha, mas a medida acabou revogada pelo ministro Félix Fischer, da mesma Corte, na quinta-feira (13).
Queiroz deixou o condomínio dentro de um carro do Tribunal de Justiça do Rio, que chegara minutos antes. Um carro com vidros escuros saiu logo atrás — não há ainda a confirmação de que Márcia estaria nele. Um advogado do casal, que saiu às pressas, limitou-se a dizer que "os dois estavam saindo".
Assessor parlamentar do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) à época em que ele era deputado estadual no Rio, Queiroz é suspeito de coordenar um esquema de rachadinhas — apropriação de salários de funcionários — no gabinete de Flávio.
Ele foi preso no dia 18 de junho na casa de Frederick Wassef, então advogado de Flávio e do presidente Jair Bolsonaro, em Atibaia (SP). Sua mulher também era alvo de mandado de prisão, mas ficou foragida até ser beneficiada pela decisão dada por Noronha no dia 9 de julho, garantindo prisão domiciliar ao casal.
Na decisão em que derrubou a domiciliar de Márcia e Queiroz, Fischer alegou questões processuais. No despacho de 39 páginas, o ministro também apontou que o Tribunal de Justiça do Rio não chegou a examinar o pedido de liberdade e os laudos médicos de Queiroz.
Ou seja, o caso deveria ser resolvido primeiramente numa instância inferior, antes de chegar à Corte superior.