A ministra Carmen Lucia, do Supremo Tribunal Federal (STF), pediu que o Banco Central explique, em até 48 horas, os motivos que o levaram a anunciar a adoção da nota de R$ 200.
Os partidos PSB, Podemos e Rede entraram na Justiça contra o lançamento da nova cédula, alegando possível "grave ameaça ao combate à criminalidade". No entendimento das legendas, o valor mais alto em uma única nota facilita crimes como lavagem de dinheiro, corrupção, sonegação fiscal e ocultação e evasão de divisas.
"Valor de face maior gera volumes menores, facilitando o armazenamento e o transporte de recursos obtidos ilegalmente e dificultando a rastreabilidade das respectivas transações", alegam.
Cármen Lúcia adotou, então, procedimento legal antes de tomar decisão monocrática. No despacho, pede que o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, contraponha os argumentos relatados pelos partidos na petição.
O anúncio do lançamento da cédula ocorreu no fim de julho, e o animal escolhido para estampá-la foi o lobo-guará. A previsão inicial era de que a nota entrasse em circulação no final de agosto, com 450 milhões de cédulas de R$ 200 sendo impressas ao longo deste ano.