A esposa de Fabrício Queiroz, Márcia Oliveira de Aguiar, colocou na manhã desta sexta-feira (17) a tornozeleira eletrônica que vai monitorar sua prisão domiciliar. Há uma semana em casa, ela demorou a pôr o equipamento porque estava foragida até semana passada e precisou aguardar etapas burocráticas da Justiça.
Márcia passou cerca de 25 minutos na central da Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) em que a tornozeleira é inserida, no centro do Rio de Janeiro. Ela usava máscara e óculos escuros.
A intimação que lhe deu 24 horas para colocar o instrumento de fiscalização saiu na quinta-feira (16) do Tribunal de Justiça do Rio. Antes, na terça (14), o Judiciário já havia expedido o mandado de prisão domiciliar, com base na decisão do Superior Tribunal de Justiça que concedeu ao casal o direito de ficar em casa.
Assim como Queiroz, Márcia é acusada de tentar fugir das investigações sobre as "rachadinhas" no gabinete de Flávio Bolsonaro na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). Ela é uma das funcionárias tidas como "fantasmas", que repassariam parte dos salários para o parlamentar. Seu marido seria o operador do esquema. Ambos foram alvo de prisão preventiva no dia 18 de junho deste ano. Márcia fugiu, mas Queiroz chegou a ser detido.
No início deste mês, foram reveladas mensagens inéditas contidas no celular de Márcia que mostravam como a família de Queiroz lidava com Frederick Wassef, ex-advogado de Flávio que escondeu o ex-assessor em Atibaia. A existência de uma espécie de caderneta-guia com orientações de Queiroz a Márcia caso ele fosse preso, com contatos da família Bolsonaro, também foi divulgada.