A Polícia Federal está nas ruas, nesta quinta-feira (25), para cumprir 12 mandados de prisão temporária e 17 de busca e apreensão em um desdobramento da Operação Lava-Jato. As ordens judiciais estão sendo cumpridas no Rio de Janeiro, em São Paulo e no Distrito Federal.
Segundo informações do portal G1, um dos alvos é o ex-ministro Silas Rondeau, que foi titular da pasta de Minas e Energia no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O esquema investigado é mais uma etapa que visa atingir os responsáveis por contratos fraudulentos e pagamento de propina na Eletronuclear.
A ofensiva recebeu o nome de Fiat Lux. Um ex-deputado federal é procurado, mas o nome dele não foi divulgado. Empresários e ex-executivos da estatal também são investigados.
Segundo o Ministério Público Federal (MPF), foi pedido ainda o sequestro dos bens dos envolvidos e de suas empresas pelos danos materiais e morais causados, no valor de R$ 207.878.147,18.
A base para esta etapa da Lava-Jato, segundo a PF, foi a colaboração premiada de dois lobistas ligados ao MDB, que foram presos em 2017. Em nota, o MPF diz que a colaboração "elucidou o pagamento de vantagens indevidas" em pelo menos seis contratos firmados pela Eletronuclear.
"Os recursos eram desviados por meio de subcontratação fictícia de empresas de serviços e offshores, que por sua vez distribuíam os valores entre os investigados", diz a nota.