A Polícia Federal (PF) informou neste domingo (17) que vai instaurar procedimento específico para apurar o vazamento de informações da Operação Furna da Onça. A decisão foi anunciada após uma reportagem do jornal Folha de S.Paulo, publicada no sábado (16), apontar que a PF antecipou a Flávio Bolsonaro que Fabrício Queiroz seria alvo da operação.
Em nota oficial, a Polícia Federal reitera que a operação foi iniciada em 8 de novembro e que os mandados foram expedidos em 31 de outubro - ou seja, "poucos dias úteis antes da sua deflagração".
"Esclarece-se, ainda, que notícia anterior, sobre suposto vazamento de informações na operação Furna da Onça, foi regularmente investigada pela PF através do Inquérito Policial n° 01/2019, que encontra-se relatado", reforça a PF.
"Todas as notícias de eventual desvio de conduta devem ser apuradas", finaliza a nota oficial.
Segundo a publicação da Folha, o empresário Paulo Marinho, ex-aliado do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), declarou que um dos interesses do clã no controle da Polícia Federal possa ter surgido desde um episódio ocorrido ainda na campanha presidencial.
Entre as informações estaria que Flávio Bolsonaro contou que, uma semana depois do primeiro turno, o ex-coronel Miguel Braga recebeu um telefonema de um delegado da Polícia Federal do Rio dizendo que seria deflagrada a Operação Furna da Onça.