
Um grupo de deputadas realizou na terça-feira (18) um ato de repúdio, no plenário da Câmara, às declarações feitas pelo presidente Jair Bolsonaro à repórter Patrícia Campos Mello, do jornal Folha de S.Paulo. Reunidas na tribuna e na mesa do plenário, as parlamentares leram um manifesto contra o que chamaram de "declaração absolutamente desrespeitosa e incompatível com a postura de um presidente".
Em reação à manifestação, o deputado Eduardo Bolsonaro (sem partido-SP) subiu à tribuna e discursou. Boa parte da fala ocorreu sob o coro de "fascista", entoado por parlamentares da oposição.
— Não vão nos calar. Pode gritar à vontade, mas só raspa o sovaco, senão dá um mau cheiro do caramba — disse ao grupo, acompanhado de deputadas aliadas, como a Major Fabiana (PSL-RJ).
Entre as políticas que foram à tribuna contra Bolsonaro estão Luiza Erundina (PSOL-SP), Gleisi Hoffmann (PT-PR) e Maria do Rosário (PT-RS), entre outras. A nota de repúdio foi lida por Fernanda Melchiona (PSOL-RS).
Além das declarações contra as deputadas, Eduardo também atacou o PT e chamou Gleisi de ladra. A deputada petista bateu boca com o filho do presidente e as parlamentares do PSL, situação que precisou ser contida pela Polícia Legislativa da Câmara.