Os R$ 127 milhões a serem liberados pelo Ministério da Saúde, por meio de emendas parlamentares, ao Rio Grande do Sul devem ampliar o atendimento a população no Estado. O recurso, conforme a Secretaria da Saúde, deve ser traduzido no aumento da ofertas de serviços: no total, serão disponibilizados mais de 120 mil exames, mais de 100 mil consultas, mais de 10 mil cirurgias e mais de 10 mil procedimentos em geral, como biopsias. A projeção é da titular da pasta, Arita Bergmann.
— Esses números são em cima do teto contratado hoje pelo Estado. Para quem faz gestão pública, é uma vitória, porque é dar concretude ao recurso. Nos anos anteriores, (o valor) era usado mais para pagar passivos dos hospitais. Agora, é a primeira vez que as emendas vão se traduzir em metas quantitativas e qualitativas, fazendo entregas diretas para o cidadão, em serviços onde hoje há longa espera — defende a secretária.
O valor é concedido por meio de emendas da bancada gaúcha no Congresso, além de emendas individuais e de comissões. O documento que formaliza o repasse será assinado pelo governador Eduardo Leite e pela secretária na segunda-feira (7), às 8h30min, na Casa da Ospa, no Centro Administrativo do Estado, em Porto Alegre.
No total, serão 176 instituições beneficiadas, entre hospitais, unidades da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) e outras entidades de saúde.
Conforme Arita, entre os serviços que formam gargalos no Estado estão as áreas da traumatologia, cardiologia e oftalmologia — essa última, responsável por uma das maiores filas de espera no RS, segundo a secretária.
Entre os exemplos de ampliação de serviços, Arita cita as 250 cirurgias de oftalmologia no Hospital São Vicente de Paulo, em Osório, os 100 novos tratamentos odontológicos no Hospital Bom Pastor, em Igrejinha, e novos procedimentos de ressonâncias magnéticas com sedação especial para crianças, na Fundação Hospitalar Santa Terezinha, em Erechim.
Além do aumento na oferta, parte dos recursos também será usada para a adequação das unidades as normas de vigilância sanitária. Folhas de pagamento, contas básicas (como de luz e água) e passivos também serão contemplados.
Como instituições com maiores problemas financeiros, a secretária cita a Santa Casa de Rio Grande e o hospital de Cruz Alta. As unidades beneficiadas terão de outubro deste ano a dezembro de 2020 para colocar em prática as melhorias.