Novo colunista de Zero Hora, o economista e escritor Rodrigo Constantino, 43 anos, garantiu que seu espaço no jornal e em GaúchaZH permitirá que os leitores não apenas concordem, mas também discordem dele. Em entrevista nesta terça-feira (9) ao programa Timeline, da Rádio Gaúcha, o escritor de perfil liberal demonstrou disposição para receber opiniões contrárias às dele:
— A ideia é abrir um canal de diálogo e as divergências são sempre saudáveis.
Constantino é reconhecido por fazer oposição ao pensamento de esquerda no Brasil e no mundo. É presidente do conselho do Instituto Liberal e membro-fundador do Instituto Millenium. Lançou cinco livros, entre eles Esquerda Caviar (2015) e Privatize Já (2012).
Ouça a entrevista:
Crítico dos governos petistas de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, disse que se manteve contrário às gestões desses políticos por considerar que eram uma ameaça ao Brasil. E, embora considere que o governo de Jair Bolsonaro seja diferente, enxerga problemas no comportamento do atual presidente, assim como no de seus correligionários.
— Acho que tem uma equipe econômica que considero muito boa e alinhada à minha pauta liberal. Mas tem coisas que vejo e não gosto. Tem uma ala mais radical e ideológica, com viés autoritário, ligada ao guru do presidente e de seus filhos, que têm uma mentalidade de tribo, de guerra tribal.
Essa mentalidade, segundo ele, seria uma tendência de considerar como inimigos aqueles que pensam diferente, comportamento em ascensão tanto no Brasil quanto no mundo.
— Todo mundo que discorda de alguma coisa é tratado como inimigo. Eles estão dispostos a usar métodos muitos parecidos com os do próprio PT que eu acho que não fazem bem para uma democracia plural. Tem que ter debate, tem que ter a discordância saudável — reforçou.
Constantino também escreve para os jornais O Globo, Gazeta do Povo e Valor Econômico, além das revistas Veja e IstoÉ. Seus textos em ZH e GaúchaZH passam a ser publicados aos finais de semana a partir deste sábado (13).