O ministro da Cidadania, Osmar Terra, negou nesta quarta-feira (22) ter cometido irregularidade ao manter escritório político em Santa Rosa (RS) pago com recursos da Câmara dos Deputados. GaúchaZH revelou que o suplente de Terra na Câmara, Darcísio Perondi (MDB), paga desde março as despesas de um imóvel situado à Rua Buenos Aires, no centro do município que é a principal base eleitoral do ministros.
Perondi repetiu uma prática estabelecida por 23 meses pelo suplente do ministro na legislatura passada, Jones Martins (MDB). De junho de 2016 a abril de 2018, Martins pagou aluguel, água, luz, IPTU e internet do escritório de Santa Rosa e outro em Porto Alegre, também usado por Terra. Juntos, os dois suplentes gastaram R$ 140.994,63 em recursos públicos para custear o funcionamento dos escritórios nos períodos em que Terra se licenciou do mandato para ser ministro de Estado do governo Michel Temer e, agora, no de Jair Bolsonaro.
Procurado por GaúchaZH na terça-feira, o ministro não quis se pronunciar. Agora, sua assessoria de imprensa divulgou uma nota na qual diz que a "reportagem não publica argumentos suficientes que funcionem como resposta consistente à acusação" e que "o texto tenta colocar o Ministério da Cidadania no centro de uma questão pertinente apenas ao exercício do mandato parlamentar - que não é do ministro neste momento."
Veja a íntegra da nota do ministro Osmar Terra:
Sobre a reportagem : "Verba da Câmara dos Deputados paga escritório de Osmar Terra no RS":
O texto tenta colocar o Ministério da Cidadania no centro de uma questão pertinente apenas ao exercício do mandato parlamentar – que não é do ministro neste momento. Ou seja, tenta se colocar Osmar Terra como alvo principal de uma questão que não é de sua atribuição ou alçada.
A reportagem não publica argumentos suficientes que funcionem como resposta consistente à acusação. Pelo contrário, as respostas dadas pelos suplente de Terra são usadas por ZH para tentar reforçar a denúncia: "Perondi disse que 'é praxe' e Jones, que mantinha 'acordo político'".
O texto busca aparentar gravidade ao publicar documentos para reforçar a aparência de denúncia. Osmar Terra afirma que não cometeu qualquer irregularidade.