
Em manifestação que durou mais de 30 minutos realizada na tarde deste sábado (2) no púlpito do Senado, o candidato à presidência da Casa Renan Calheiros (MDB-AL) afirmou que “nunca enxergou o poder como um fim em si mesmo”. Renan criticou seu principal adversário na corrida pela cadeira da presidência da casa, Davi Alcolumbre (DEM-AP), ao dizer que ele “atropelou a Constituição” e que “fez o que quis em sete horas de sessão”.
Além disso, acusou o ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM-RS), de ter vazado para a imprensa o telefonema recebido do presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), para prejudicar sua candidatura. Segundo o alagoano, a ligação era para falar sobre a saúde do chefe do Executivo, que passou por um procedimento cirúrgico recentemente, mas Lorenzoni “esvaziou o simbolismo que aquele telefone representava”.
Renan anunciou que, se eleito, criará uma secretaria constitucional dentro do Senado, "que fará uma triagem entre os frutos podres e os frutos saudáveis da árvore democrática. Estou pedindo o nome de um ex-ministro do Supremo Tribunal Federal para ocupar essa secretaria".
Enquanto Simone Tebet (MDB-MS) declarava a retirada da sua candidatura na corrida pela presidência da Casa e abria publicamente apoio e voto a Davi Alcolumbre (DEM-AP), Renan pediu a expulsão da colega de bancada do partido, informou a Folha de S.Paulo.