Terminou por volta das 11h deste domingo (3), no Palácio do Planalto, a reunião do grupo de monitoramento da crise de abastecimento desencadeada pela greve dos caminhoneiros.
O encontro durou cerca de 40 minutos e teve a participação apenas de um ministro, do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Sérgio Etchegoyen, além do secretário da Receita Federal, Jorge Rachid, do chefe do Estado Maior das Forças Armadas, Ademir Sobrinho, e dos secretários-executivos da Casa Civil, Daniel Sigelmann, dos Transportes, Herbert Drummond, do Ministério dos Transportes, Herbert Drummond, da Justiça, Claudenir Brito, e do Ministério de Minas e Energia, Márcio Félix.
Foi o segundo dia em que a reunião foi feita sem a participação de outros ministros que compõem o grupo, como Eliseu Padilha, da Casa Civil, e Carlos Marun, da Secretaria de Governo. Mesmo com novas ameaças de bloqueios por meio do WhatsApp, a reunião da ocorrida na manhã deste sábado (2) foi esvaziada e durou menos de 40 minutos — nos dias de paralisação do setor de cargas, os encontros chegaram a 6 horas de discussões.
No sábado, a reunião também contou apenas com o ministro Sérgio Etchegoyen. O presidente Michel Temer ficou no Palácio do Jaburu, residência oficial da Presidência, e também não participou. A equipe de ministros mais próxima de Temer começa a dar mais foco aos estragos políticos deixados pela paralisação dos caminhoneiros, que custou a saída de Pedro Parente do comando da Petrobras e uma fragilidade ainda maior do governo nos embates no Congresso e nos setores econômico e social.
Na noite de quinta-feira (31), Padilha disse que o governo apostava na desmobilização do movimento, com o fim dos bloqueios das estradas federais. Pelas últimas avaliações do GSI, de Etchegoyen, os anúncios e convocações de paralisação nas redes sociais não eram motivos de preocupação para o governo.
A Polícia Rodoviária Federal informou que continua com o trabalho de monitoramento das estradas e não registrou nenhuma ocorrência incomum no sábado. Um dos temas acompanhados pela inteligência do órgão era a suposta movimentação de 50 mil caminhoneiros para um grande protesto no domingo, no estacionamento do estádio Mané Garrincha, em Brasília. A Polícia Rodoviária, porém, não registrou nenhum movimento atípico.
No estacionamento do estádio, apenas três caminhões estavam parados à espera do protesto, um a menos do que no dia anterior. Policiais militares do Distrito Federal acompanhavam à distância o movimento de poucas pessoas.