
A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, recomendou a continuidade do processo movido pelo deputado federal Jair Bolsonaro (PSL-RJ) contra o também deputado, Jean Wyllys (PSOL-RJ) por calúnia. As informações são do jornal O Globo.
Em 2017, em uma entrevista ao jornal O Povo, Wyllys acusou Bolsonaro de lavar dinheiro da JBS e usou termos como "fascista", "racista", "burro", "corrupto", "ignorante", "desqualificado" e "canalha" para se referir ao deputado. Bolsonaro entrou com uma ação contra o colega parlamentar alegando ter sido vítima de calúnia (imputar falsamente a alguém um crime) e injúria (ofensa à dignidade ou decoro).
No entendimento de Dodge, o crime de injúria não se enquadra em razão da imunidade parlamentar. Por outro lado, Dodge destaca que não existem evidências de envolvimento do presidenciável "nos desdobramentos das apurações relativas aos fatos ilícitos narrados pelos colaboradores" da JBS.
Agora cabe ao ministro Celso de Mello, relator do caso no Supremo Tribunal Federal, decidir se abre ou não inquérito.