O lobista Fernando Antonio Guimarães Hourneaux de Moura, apontado como operador do ex-ministro José Dirceu também se apresentou à Operação Lava-Jato. Na tarde desta sexta-feira (18) Moura chegou à sede da Polícia Federal, em Curitiba.
Ele foi condenado no mesmo processo em que o petista pegou 30 anos, nove meses e dez dias de reclusão, por corrupção, organização criminosa e lavagem de dinheiro supostamente desviado de contrato com a Petrobras.
Na tarde de quinta-feira (17), a juíza Gabriela Hardt, substituta do juiz Sergio Moro, determinou a Moura e a Dirceu que se entregassem à Polícia Federal. O ex-ministro se entregou em Brasília e já começou a cumprir pena na Penitenciária da Papuda.
Moura foi condenado pelo Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF4) a 12 anos e seis meses de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro. O lobista fechou acordo de colaboração premiada com a Lava-Jato, mas violou o acordo e perdeu os benefícios de redução de pena.
Em depoimento prestado a Moro, durante a instrução do processo que pegou Dirceu, o lobista mudou a versão que havia apresentado em sua delação.
Segundo a sentença do juiz da Lava-Jato, em 1ª instância, Moura sugeriu "que teriam sido inseridos indevidamente trechos em seus depoimentos prestados na fase de investigação preliminar".
"As idas e vindas dos depoimentos de Fernando Antônio Guimarães Hourneaux de Moura, impactaram de forma irrecuperável a sua credibilidade", anotou Moro, na ocasião.