Recém-criada no Congresso, a CPI da JBS teve mais duas baixas nesta quarta-feira (13). Os senadores Cristovam Buarque (PPS-DF) e Dário Berger (PMDB-SC) pediram para deixar o colegiado.
Cristovam atribuiu a decisão à escolha do deputado Carlos Marun (PMDB-MS) como relator da comissão.
— Eu não gosto de CPI, não tenho vocação. Mas a saída também tem a ver com a indicação do relator porque acho que estão fazendo chapa branca — afirmou.
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A rebelião provocada pela escolha de Marun, conhecido pela defesa enfática que faz do governo de Michel Temer, já havia resultado na saída de outros dois integrantes: os senadores Ricardo Ferraço (PSDB-ES) e Otto Alencar (PSD-BA). Todos os que deixaram o colegiado são de partidos da base.
Procurado, Berger não havia se manifestado sobre o motivo que o levou a pedir para deixar a CPI até a publicação da notícia. Sua indicação foi anunciada nesta quarta pelo líder do PMDB, Raimundo Lira.
O senador catarinense é um dos que tiveram a campanha financiada pela JBS. Ele recebeu R$ 500 mil em 2014. Quase um terço dos parlamentares que integram a CPI receberam da empresa, que é alvo da comissão.