Depois de ter o nome aprovado na noite da quarta-feira (12) por 74 votos a favor – eram necessários 41 – e um contra, Raquel Dodge foi oficialmente nomeada para o cargo de procuradora-geral da República. Conforme publicação assinada pelo presidente Michel Temer no Diário Oficial da União desta quinta-feira (13), a partir de 18 de setembro de 2017, Raquel substituirá Rodrigo Janot no comando do Ministério Público Federal (MPF).
Antes de ser aprovada pelo plenário, a subprocuradora da República foi sabatinada por sete horas de 20 minutos sobre temas como a Operação Lava Jato, lei de abuso de autoridade, foro privilegiado mas, principalmente, ouviu críticas à atuação do Ministério Público Federal em casos envolvendo políticos.
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Sem polêmicas e por unanimidade, sua indicação à PGR passou pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e em seguida foi a plenário. A votação final foi secreta, na qual não se sabe como votou cada parlamentar.
Raquel Dodge será a primeira mulher a comandar o Ministério Público Federal. Ela foi a segunda mais votada na eleição interna da Associação Nacional dos Procuradores da República, que deu origem à lista tríplice enviada a Temer para subsidiar sua escolha.
Mestre em direito pela Universidade de Harvard e integrante do Ministério Público Federal há 30 anos, Raquel Dodge é subprocuradora-geral da República e atua em matéria criminal no Superior Tribunal de Justiça. Pelo terceiro biênio consecutivo, ela ocupa uma cadeira do Conselho Superior do Ministério Público. Também foi procuradora federal dos Direitos do Cidadão Adjunta e auxiliou a redação do 1° Plano Nacional para Erradicação do Trabalho Escravo no Brasil.