
A solicitação da defesa de Aécio Neves (PSDB-MG) para que o pedido de prisão contra ele fosse julgado pelo plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) em vez de ficar na Primeira Turma foi negada pelo ministro Marco Aurélio Mello, relator do processo. As informações são do jornal O Globo.
Aécio teve a prisão preventiva pedida pela Procuradoria-Geral da República sob a justificativa de que o político estaria trabalhando para obstruir investigações da Lava-Jato. Segundo o procurador-geral, Rodrigo Janot, devido à alta gravidade do delito e o risco de reiteração, a prisão preventiva é "imprescindível para a garantia da ordem pública".
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Marco Aurélio Mello deve julgar o pedido de prisão ainda nesta semana. A defesa de Aécio havia argumentado que, por ser uma questão "da mais alta relevância e gravidade", o assunto deveria ser tratado pelo plenário da Corte, que reúne todos os ministros do STF, em vez da Primeira Turma. Segundo analistas, a turma deve rejeitar a prisão mas manter o afastamento do Senado, pedido pelo ministro Edson Fachin em maio.
Em nota, a defesa de Aécio Neves se manifestou:
"A defesa do Senador Aécio Neves informa que, no pedido levado ao Ministro Marco Aurélio, se limitou a reiterar pedido do próprio Procurador Geral da República e a orientação dada pelo ministro Fachin. Ambos propuseram que a questão da prisão preventiva fosse julgada pelo pleno do Supremo Tribunal Federal.
O senador Aécio reafirma seu respeito à decisão do ministro Marco Aurélio e a todos os integrantes da 1a. Turma e reitera estar ao dispor da Justiça para prestar todos os esclarecimentos, confiante que a correção de seus atos será comprovada."