Oito advogados do publicitário João Santana e sua mulher Monica Moura –marqueteiros das campanhas presidenciais de Lula (2006) e Dilma (2010 e 2014) – renunciaram à defesa do casal na Operação Lava-Jato. A decisão foi tomada logo após a homologação da delação premiada do casal pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Em petição ao juiz federal Sérgio Moro, que conduz a Lava-Jato em 1.ª instância, os criminalistas Fabio Tofic Simantob, Débora Gonçalves Perez, Maria Jamile José, Bruna Nascimento Nunes, Luiz Felipe Gomes, Thais Guerra Leandro, Daniel Paulo Fontana Bragagnollo e João Paulo de Castro Bernardes renunciaram sob alegação de "motivos de foro íntimo".
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A equipe de advogados cuidava da defesa dos marqueteiros desde que eles se tornaram alvo da Lava Jato. João Santana e Monica Moura foram presos em 2016, mas colocados em liberdade por Moro após o início das negociações para delação.
O acordo de colaboração do casal foi homologado pelo ministro Edson Fachin porque os delatores citaram em seus relatos políticos com foro privilegiado no Supremo.
Na manhã de terça-feira, durante o julgamento da ação que pede a cassação da chapa Dilma-Temer, no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o vice-procurador-geral eleitoral Nicolao Dino revelou aos ministros em plenário que João Santana e Monica Moura haviam firmado acordo de delação premiada perante a Procuradoria-Geral da República.