O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, divulgou no início da tarde desta quarta-feira o roteiro do julgamento final da presidente afastada, Dilma Rousseff, no Senado. A definição ocorreu após reunião com o presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), e líderes partidários. As informações são da Rádio Gaúcha.
A sessão do impeachment começará no dia 25 deste mês, às 9h (veja o cronograma completo em quadro abaixo). Os dois primeiros dias servirão para que oito testemunhas sejam ouvidas, seis de defesa e duas de acusação. O trabalho poderá seguir no fim de semana, caso seja necessário terminar os depoimentos. Antes e durante suas manifestações, as testemunhas ficarão incomunicáveis.
No dia 29, é aguardada a presença de Dilma no plenário. A assessoria confirmou que ela irá à sessão para se defender.
Segundo Lewandowski, não há prazo definido para o fim do julgamento. No entanto, parlamentares projetam que o processo deve ser encerrado no dia 30.
– Vamos trabalhar até esgotarmos as oitivas das testemunhas. Ingressaremos, se necessário, na madrugada de sexta para sábado porque elas [as testemunhas] estarão sendo mantidas isoladas, num quarto de hotel à disposição dos senadores – explicou Lewandowski.
Os aliados da presidente Dilma no Senado não gostaram do acordo. Eles queriam deixar definido que o trabalho deveria ser interrompido na sexta.
– Não vamos abrir mão de fazer perguntas. Tudo indica que vai entrar no sábado e domingo. Quem acha que vai acabar na quinta e na sexta está equivocado. Vamos entrar direto no sábado e domingo para ter o interrogatório na segunda-feira – declarou o senador Lindbergh Farias (PT-RJ).
Dilma terá 30 minutos para se manifestar. Depois, se quiser, ela poderá responder a perguntas dos senadores.
*Rádio Gaúcha