A Polícia Federal está nas ruas na manhã desta segunda-feira (4) para cumprir a 31ª fase da Operação Lava Jato. São 35 ordens judiciais, sendo sete conduções coercitivas, quatro de prisão temporária, um de prisão preventiva e 23 mandados de busca e apreensão. São apuradas as práticas de crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e fraude a licitação num contexto amplo de sistemático prejuízo financeiro imposto à Petrobras.
O principal alvo da operação é o ex-tesoureiro do PT, Paulo Ferreira, que já está preso em São Paulo, em decorrência da Operação Custo Brasil. Na ocasião, ele concedeu entrevista à Rádio Gaúcha, quando negou as acusações.
Cerca de 110 Policiais Federais e aproximadamente 20 servidores da Receita Federal estão cumprindo as determinações judiciais nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Distrito Federal. A investigação central desta fase tem o objetivo de apurar a fraude ao processo licitatório, o pagamento de valores indevidos a servidores da Petrobras e o repasse de recursos a partido político em virtude do sucesso obtido por empresas privadas em contratações específicas como, por exemplo, o projeto de reforma do Cenpes – Centro de Pesquisas da Petrobras – estabelecido na Ilha do Fundão na cidade do Rio de Janeiro.
A nova fase foi batizada de "Operação Abismo", e remete às tecnologias de exploração de gás e petróleo em águas profundas desenvolvidas no Cenpes, mas também à localização das instalações (Ilha do Fundão).
Operação Sepsis
Na sexta-feira (1º), a PF deflagrou outra fase, denominada Sépsis, com mandados cumpridos no Rio de Janeiro, em São Paulo, Pernambuco e em Brasília, no Distrito Federal. Esta etapa não foi contabilizada como fase da Operação Lava Jato.
Um dos alvos foi doleiro Lucio Funaro, ligado ao presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha. Ele foi preso em São Paulo. Funaro é considerado pelos investigadores da Lava Jato como o principal parceiro dos negócios suspeitos de Cunha.
A 30ª Fase da Lava Jato cumpriu 28 mandados de busca e apreensão, dois mandados de prisão preventiva e nove mandados de condução coercitiva nas cidades do Rio de Janeiro (RJ) e de São Paulo, São Caetano do Sul e Sumaré (SP). A ação apurou irregularidades decorrentes de contratos firmados com a Petrobras.