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A dez dias do fim do prazo de permanência na residência oficial da Câmara, o deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) promoveu, na tarde desta quarta-feira, um churrasco de despedida para funcionários da Casa. O evento reuniu 50 pessoas.
Entre os convidados estão servidores do departamento de Polícia, responsável por acompanhar o peemedebistas nestes últimos meses. O convite de Cunha foi repassado na véspera para os servidores.
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"A Bernadete acabou de ligar na sala da COE convidando todos os agentes para um churrasco de confraternização que o ex-presidente Eduardo Cunha e sua esposa oferecerão para todos aqueles que com eles trabalharam, amanhã, a partir das 13:30 na residência oficial. Ele deseja a presença de todos", diz o comunicado.
Cunha e a esposa Cláudia Cruz receberam os servidores nos jardins da residência, que fica no Lago Sul, bairro nobre de Brasília. A festa, embalada por música sertaneja ao vivo, contou também com a distribuição de bebidas alcoólicas.
Ao perceberem a movimentação de fotógrafos e jornalistas nas redondezas da residência, os convidados deixaram os jardins e foram fazer a confraternização dentro do imóvel.
Cunha usou seu espaço no Twitter para dizer que o churrasco foi em oferecimento aos funcionários que serviram a sua família. "Quero reconhecer a dedicação de todos e agradecer a atenção dispensada a mim e a minha família nesse tempo que residi na residência oficial", escreveu.
Cunha disse que realizou o almoço para os funcionários da casa e da presidência, além da equipe de segurança que o acompanhou nos últimos tempos. Embora esteja afastado das atividades parlamentares, o peemedebista se mudará nos próximos dias para um apartamento funcional localizado na Asa Sul, bairro do Plano Piloto de Brasília.
O prazo final para Cunha deixar a residência expira no próximo dia 6, quando se completam 30 dias de sua renúncia ao comando da Casa. Ele deverá se mudar para um apartamento funcional. O parlamentar ainda não deixou a residência oficial porque aguarda a instalação de aparelhos de ar-condicionado no imóvel da Câmara. Se não desocupar a mansão no Lago Sul até o dia 6, poderá pagar multa diária equivalente a 1/30 do valor do auxílio-moradia concedido aos parlamentares, que hoje é de R$ 4.253,00.
A permanência de Cunha na residência oficial vem incomodando a cúpula da Câmara. Sem o espaço, Maia tem feito reuniões em seu gabinete ou nos apartamentos cedidos pelos colegas. A residência da Câmara não serve apenas de moradia do presidente, mas de espaço de encontros políticos e recepções oficiais.
A assessoria de imprensa do deputado afastado informou, na noite desta quarta, que o parlamentar pagou do próprio bolso o churrasco oferecido aos funcionários. De acordo com a assessoria, Cunha tem os comprovantes dos gastos e poderá apresentá-los "a quem de direito, caso seja necessário".
*Estadão Conteúdo