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O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, denunciou nesta quarta-feira o deputado federal Eduardo da Fonte (PP-PE) ao Supremo Tribunal Federal (STF) pelo crime de corrupção passiva em um dos inquéritos da Operação Lava-Jato.
De acordo com o procurador, o deputado "intermediou a solicitação" de R$ 10 milhões para que o ex-senador Sérgio Guerra (PEDB-PE), que morreu em 2014, e a bancada do partido barrassem as investigações da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras, em 2009.
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Segundo a denúncia, em novembro de 2009 o deputado participou de uma reunião, na qual o pagamento de propina foi tratado para que CPI aprovasse um relatório genérico, sem a responsabilização de pessoas.
Mandato
Estavam presentes à reunião o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, Sérgio Guerra, Eduardo da Fonte e um represente da empreiteira, conforme informação da procuradoria.
Na denúncia, Janot recomenda a perda do mandato do parlamentar e o pagamento de indenização no valor de R$ 10 milhões.
A Agência Brasil entrou em contato com a defesa do deputado. O advogado Hamilton Carvalhido afirmou que a assessoria do parlamentar vai se pronunciar por meio de nota, o que ainda não aconteceu.
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