A Ordem dos Advogados do Brasil criticou neste sábado o presidente interino Michel Temer pela nomeação de ministros que são alvo da Operação Lava-Jato. À Rádio Gaúcha, o presidente da OAB, Claudio Lamachia, afirmou que a entidade poderá ir à Justiça para tentar afastar os ministros caso eles virem réus no processo que investiga o esquema de corrupção na Petrobras.
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– Nós entendemos que o momento que o Brasil vive diante dessa crise ética, moral e sem precedentes, ela impõe, sim, que se tenha um ministério composto por pessoas que não estejam sendo investigadas pela Operação Lava-Jato. Nós vamos avaliar, porque seguramente se ministros forem denunciados e forem réus nessas operações, a OAB estará avaliando, à luz do que já fez no caso do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha – explicou Lamachia.
Entre os investigados na Lava-Jato, estão o novo ministro do Planejamento, Romero Jucá, e o novo ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves. Outros três ministros são citados em conversas de delatores, mas não são investigados. Há ainda oito nomes do alto escalão do governo federal que aparecem em planilhas da empreiteira Odebrecht, onde são citados supostos financiamentos de campanha a políticos.