A manhã que antecede a votação da abertura do processo de impeachment de Dilma Rousseff tem uma reunião ministerial no Palácio do Planalto, que começou sem a presença da presidente. Os 32 integrantes do primeiro escalão do governo foram convidados nesta quarta-feira para uma espécie de balanço e encaminhamentos para a possível despedida, caso o Senado afaste Dilma por até 180 dias.
Chefe do gabinete da presidente, o ministro Jaques Wagner coordena o encontro. Além de avaliar as ações do governo, os ministros preparam dados para contrapor atos de uma provável interinidade de Michel Temer. Eles também avaliam um pedido de demissão coletivo se a presidente for realmente afastada para tratar de sua defesa no processo de impeachment.
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Aloizio Mercadante (Educação), Miguel Rossetto (Trabalho e Previdência), Ricardo Berzoini (Secretaria de Governo) e Carlos Gabas (Aviação Civil) são alguns dos ministros presentes. Wagner comanda um encontro de um time com seis interinos e outros ministros sem expressão política, com poucas semanas de Esplanada.
Há expectativa de que Dilma passe pela reunião, porém sua agenda oficial traz apenas uma audiência com o assessor especial Giles Azevedo. Logo cedo, a presidente trocou a tradicional pedalada por uma caminhada matinal no Palácio da Alvorada.
No Planalto, a expectativa na manhã desta quarta-feira é pela decisão do ministro Teori Zavascki sobre o mandado de segurança que tenta anular o processo de impeachment. É a esperança de impedir o afastamento de Dilma, já que a votação no Senado é considerada perdida.