O Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) negou na noite desta quarta-feira (19) dois pedidos de habeas corpus de envolvidos na Operação Lava Jato, da Polícia Federal. O presidente da OAS, José Adelmário Pinheiro Filho, e o vice-presidente do conselho da empresa, Mateus Coutinho de Sá Oliveira, continuarão em prisão preventiva na carceragem da Polícia Federal em Curitiba. Eles são suspeitos de participação em um esquema de fraude e desvio de recursos em obras da Petrobras.
A defesa impetrou o pedido de liberdade sob alegação de que os indícios de participação dos executivos nos crimes investigados são frágeis. No entanto, o desembargador federal João Pedro Gebran Neto, relator do caso na segunda instância da Justiça Federal, citou que o depoimento do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa como o do doleiro Alberto Youssef apontam o nome dos executivos como integrantes do grupo responsável pela cartelização dos contratos na Petrobras.
“Em se tratando de grupo criminoso de incontável capacidade financeira e havendo registro de tentativa de cooptação de testemunha, é possível e aconselhável o encarceramento cautelar, diante dos riscos à ordem pública, à investigação e instrução e à aplicação da lei penal”, finalizou.