Em sua primeira manifestação pública sobre a nova etapa da Operação Lava Jato, com 23 presos, a presidente Dilma Rousseff afirmou que as investigações do escândalo de corrupção poderão mudar o Brasil para sempre. Durante entrevista coletiva na Austrália onde participou da reunião do G20, Dilma afirmou que não é o primeiro escândalo no Brasil, mas o primeiro escândalo investigado do Brasil. Reiterou, ainda, que não se pode confundir a Petrobras com corrupção.
Dilma também informou que os contratos firmados entre a Petrobras e as empresas investigadas na Operação Lava Jato estão sendo revistos. Ela, no entanto, advertiu que não haverá revisão dos contratos envolvendo outras empresas públicas. Apesar de algumas das maiores empreiteiras do País estarem sendo investigadas pela Lava Jato, Dilma Rousseff ponderou que o Brasil não pode demonizar as construtoras brasileiras.
A sétima fase da operação policial teve como foco executivos e funcionários de nove grandes construtoras, que, apenas com a Petrobras, têm contratos que somam R$ 59 bilhões. Parte desses contratos está sob avaliação da Receita Federal, do Ministério Público Federal e da Polícia Federal.
Segundo relato do juiz federal Sérgio Moro, responsável pelo processo da Lava Jato na primeira instância, as maiores empreiteiras brasileiras, reunidas em um cartel, combinavam quem ganharia as licitações para obras da Petrobras.