
O governador eleito, José Ivo Sartori, anunciou nesta segunda-feira (27) que na próxima semana pretende selecionar nomes para dar início ao processo de transição entre o atual e o futuro governo do Rio Grande do Sul. Segundo Sartori, o atual governador Tarso Genro lhe telefonou neste domingo e sinalizou disposição para indicar nomes de secretários que possam auxiliar na transição de governo nos próximos dias.
“Ele disse que na semana que vem vai colocar três, quatro secretários, para cuidar disso. E eu vou tentar colocar algumas pessoas para começar o processo de transição. Que ela seja a mais democrática possível, respeitosa e no nível como deve ser uma transição no nosso país”, afirmou durante entrevista no programa Gaúcha Atualidade.
José Ivo Sartori reservou a segunda-feira para conceder entrevistas após a vitória no segundo turno. Na Rádio Gaúcha, ele foi entrevistado pelos jornalistas Daniel Scola, Rosane de Oliveira e Carolina Bahia.
Secretariado
Sartori afirmou que pretende priorizar, na escolha de seu secretariado, pessoas que tenham perfil para o diálogo e que “socialmente tenham uma boa postura". Questionado sobre nomes, no entanto, informou que apenas uma pessoa já tinha espaço garantido no seu governo: a primeira dama, deputada Maria Helena Sartori.
Em sua primeira manifestação após eleito, Sartori informou que não haveria anúncios de nomes do secretariado antes do dia 15 de dezembro.
O governador eleito não quis adiantar se convocará para o governo ao menos dois deputados eleitos pelo PMDB (o que pode acabar beneficiando a sua esposa, que concorreu e ficou como suplente).
Dívida
Sartori também falou sobre a importância da aprovação de mudanças no contrato da dívida do Estado com a União. O projeto que está atualmente no Senado prevê a troca do indexador dos juros que incidem sobre a dívida. Sartori defende uma proposta mais ampla, em que haja também redução da parcela paga pelo Rio Grande do Sul.
Nesse sentido, o atual governador defende uma ideia: que a União possa carimbar para onde irão esses recursos (excedentes da parcela da dívida) para um fim específico, como investimentos.
Sartori reiterou que não pretende se impor na negociação estabelecida pelo atual governador Tarso Genro. O petista pressiona junto ao Congresso Nacional pela aprovação da proposta, encaminhada pelo Executivo.
"Ele é governante eleito até o dia 1º de janeiro. Eu tenho que respeitar. Evidentemente, não vou tirar nenhum ponto do papel que ele tem como governante", explicou.