São múltiplos os fatores que explicam a liderança folgada da presidente Dilma Rousseff na pesquisa do Ibope no Rio Grande do Sul, com índices bem superiores aos do Brasil, captados pelo Datafolha. O maior peso deve ser atribuído às obras federais no Estado. Mesmo que só a BR-448 esteja pronta, Dilma assinou os contratos para a construção da nova ponte do Guaíba e para a duplicação da BR-290, entre Eldorado do Sul e Pantano Grande. A duplicação da BR-392, entre Pelotas e Rio Grande, será inaugurada nos próximos dias, e da BR-116, entre Guaíba e Pelotas, está andando.
Há, também, as moradias do Minha Casa, Minha Vida, as obras de saneamento do PAC e o metrô de Porto Alegre, cujo projeto está com licitação aberta para manifestação de interesse, com pelo menos três grandes consórcios disputando a obra. O Ibope constatou que a avaliação de Dilma entre os gaúchos é positiva: 54% de aprovação, nota média 5,6 e 42% de bom e ótimo, contra 23% de ruim e péssimo.
Outra explicação para os números está na fragilidade dos adversários. No Rio Grande do Sul, tanto Lula quanto Dilma perderam para os candidatos do PSDB, mas Aécio Neves, que hoje estará em Porto Alegre, ainda não conseguiu decolar. No cenário mais provável, com a presença de candidatos de partidos nanicos, Dilma tem 43% e Aécio, 21%. Eduardo Campos (PSB) ainda é um ilustre desconhecido para os eleitores gaúchos e tem somente 8% das intenções de voto.
O resultado da pesquisa deve intensificar a busca pelo apoio dos líderes gaúchos do PP e do PMDB por Aécio e Campos. Por enquanto, os dois presidenciáveis contam somente com seus próprios partidos, que apresentam fragilidades no Estado.
A liderança da senadora Ana Amélia Lemos (PP) na pesquisa para o Palácio Piratini torna seu palanque ainda mais valorizado.
Opinião
Rosane de Oliveira: Por que Dilma vai bem no Rio Grande do Sul
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