O ex-jogador Dinho (DEM) e o ex-vereador Haroldo de Souza (PMDB) demonstraram supresa, na manhã desta sexta-feira, com a informação de que estariam entre as causas de uma crise na prefeitura de Porto Alegre.
O recém-empossado secretário da Copa e dos Esportes (Secopa), João Bosco Vaz (PDT), teria pedido demissão por estar descontente com a indicação dos dois nomes para o cargo de secretário-adjunto - segundo informações do blog Esquina Democrática, dos jornalistas André Machado e Álvaro Andrade, da Rádio Gaúcha.
O pedido teria sido feito por meio de um torpedo. Bosco, que não foi localizado para comentar o caso, teria questionado a competência de Dinho para a função. Ele também teria ficado frustrado com o nome de Haroldo. Por trás da insatisfação, estaria o desejo de que a pasta seja ocupada unicamente pelo seu partido, o PDT.
- Ele andava descontente nos últimos dias. Acredito que a saída seja irreversível - disse um interlocutor com trânsito na Secopa.
Até o meio da manhã, porém, o prefeito José Fortunati (PDT), por meio de sua assessoria, informou não ter sido contatado por Bosco. O deputado federal Vieira da Cunha, presidente do PDT metropolitano e um dos responsáveis pela montagem do segundo escalão do governo, confirmou que o secretário já o teria procurado para pedir que a Secopa ficasse apenas com os pedetistas.
- Conversei sobre isso com ele e expliquei que o prefeito deseja que secretários e secretários-adjuntos sejam de partidos diferentes. A regra vale para todos, mas parece que ele não se conformou. Vamos esperar que ele entre em contato e confirme ou não o pedido de demissão. Até agora, não estamos sabendo de nada - ressaltou Vieira.
De Atlântida, onde está com a família, Dinho ficou surpreso ao ser informado do caso por telefone, por meio de ZH. Segundo ele, os dois têm boas relações.
- Eu trabalho há 20 anos com esporte. Se não tenho competência para atuar na área, ninguém mais tem. Vou tentar falar com Bosco para saber o que está acontecendo - garantiu o ex-jogador.
Como Dinho, Haroldo também estranhou os rumores, dos quais não estava sabendo.
- Não sou político de carreira e não corro atrás de cargos. Lamento muito se isso tudo for verdade. E, se for assim mesmo, não faço questão da vaga - afirmou.