O dia seguinte ao primeiro debate presidencial das eleições de 2022 foi marcado, nas redes sociais, por ataques a Simone Tebet (MDB) e Soraya Thronicke (União Brasil). No domingo (28), durante o evento, as candidatas tiveram embates com Jair Bolsonaro (PL), citando corrupção e incompetência do presidente.
A onda de xingamentos não se restringiu à duração do debate televisionado. As mulheres continuaram sendo alvo de ofensas, montagens e xingamentos em novas postagens de aliados do presidente na segunda-feira (29). Ciro Gomes (PDT) e Felipe Dávila (Novo) também fizeram críticas a Bolsonaro, mas foram menos visados.
A jornalista Vera Magalhães também sofreu novos ataques virtuais por apoiadores do presidente. Candidato à reeleição, Bolsonaro subiu o tom com a apresentadora após ela realizar uma pergunta sobre a gestão da pandemia.
Em um esforço para reduzir prejuízos, apoiadoras e apoiadores do atual presidente fizeram uma campanha para colocar em primeiro lugar entre os assuntos mais comentados do Twitter o termo #SouMulherEVotoBolsonaro". A frase "Bolsonaro odeia mulheres" também entrou para a lista de mais comentadas.
"Farsante", "traíra" e "mentirosa" foram alguns dos xingamentos usados por aliados do presidente contra as candidatas. Os apoiadores buscaram desqualificar as críticas de Soraya resgatando o material que ela usou na campanha em 2018, quando associou sua imagem à do presidente. Em entrevista ao Estadão, a senadora explicou o rompimento relatando incômodo com extremistas, discordância com a mistura de religião com Estado, entre outros pontos.