A Polícia Federal enviou nesta semana um ofício solicitando ao Whatsapp os números dos telefones envolvidos no caso de disparos de mensagens em massa por meio do aplicativo durante as eleições deste ano. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.
Foram pedidos também informações sobre o conteúdo do material que foi transmitido pelo aplicativo. Um inquérito foi instaurado para revelar a atuação de empresários.
No caso, revelado no dia 18 de outubro, empresários pró-Bolsonaro estariam pagando milhões de reais pelo envio de informações contra o Partido dos Trabalhadores (PT).
A prática é ilegal, pois se trata de doação de campanha por empresas, vedada pela legislação eleitoral, e não declarada. A prática faria parte de uma grande operação na semana anterior ao segundo turno.
Nos bastidores, a polícia se diz pessimista quanto à obtenção de dados junto ao Whatsapp. A investigação tem prazo inicial de 30 dias, com possibilidade de prorrogação.
Apesar de a investigação ter sido iniciada após a reportagem da Folha, que trouxe detalhes sobre disparos contrários ao PT, a polícia apura também possíveis mensagens contra Jair Bolsonaro.
Em resposta, o Whatsapp afirmou que seguirá contribuindo com as autoridades brasileiras. Além disso, a empresa ressaltou que segue tomando medidas para "prevenir que usuários recebam mensagens indesejadas e automatizadas”.