O candidato ao governo do Estado Jairo Jorge (PDT) indicou que os investimentos em educação serão uma de suas prioridades caso seja eleito. Em entrevista ao programa Gaúcha Atualidade, o pedetista afirmou que, para melhorar a aprendizagem e o desempenho dos estudantes gaúchos, é preciso, inicialmente, oferecer uma pedagogia inovadora, com uso de novas tecnologias em sala de aula e investir na formação dos professores – para, assim, atrair mais jovens para a carreira.
Jairo Jorge ainda defendeu a melhoria da infraestrutura escolar, citando que mais da metade das escolas estaduais não tem laboratório de ciências e 16% não têm laboratório de informática. Para viabilizar essa série de investimentos, o candidato propõe a criação de um fundo para a educação, que seria abastecido com o lucro de empresas gaúchas, como o Banrisul.
— Primeiro lugar um governante tem que ter respeito. Se tu mandas o professor buscar o piso no Tumeleiro, acho que não é um bom ponto de partida. Quais as metas? Primeiro temos que melhorar a aprendizagem. Para isso é preciso pedagogia inovadora, tecnologia em sala de aula, investimento na formação dos professores e melhorar a infraestrutura escolar. De onde vai sair o dinheiro? Estou propondo um fundo para a educação. Toda a lucratividade das empresas públicas, é o caso do Banrisul, que deu R$ 1 bilhão de lucro no ano passado, aplicar tudo na educação e fazer a segunda revolução educacional. A primeira quem fez foi Brizola — apontou Jairo Jorge.
Para a segurança pública, o candidato disse que a redução no número de homicídios será a sua prioridade. O o candidato propõe a criação de Conselho Estadual de Segurança, comandado pelo governador, com participação dos órgãos de segurança, Ministério Público, Judiciário e os prefeitos das maiores cidades gaúchas.
Jairo Jorge também se disse que favorável aos processos de renegociação da dívida com a União, mas não nos atuais termos.
— Queria lembrar que, em 20 de setembro de 1996, tivemos uma celebração de que o Estado tinha liquidado sua dívida. Isso não ocorreu. A dívida no período do governo do PMDB entre 1995 e 1998 aumentou R$ 32 bilhões. Isso em valores de 2017. Uma negociação que foi péssima para o Estado. Agora, o que está se fazendo? Está se protelando. Vou renegociar (a dívida), sim. Tem cláusulas que não são positivas, uma delas é a vacância, em que só pode repor o efetivo.
Para a malha rodoviária do Estado, o candidato defendeu a concessão de estradas com pedagiamento e a criação de uma lei de incentivo à infraestrutura – que permitiria que setores privados construíssem estradas e abatessem o valor do pagamento de ICMS. O pedetista ainda propôs a redução no tempo para licenciamento ambiental para 60 dias e redução do ICMS quando houver aumento de arrecadação.
Ouça a entrevista completa:
Entrevistas
A última entrevista da série com os candidatos ao governo do Estado no Gaúcha Atualidade será nesta terça-feira (18), com Miguel Rossetto (PT).