
Cotado como um dos possíveis nomes da disputa à Presidência da República neste ano, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles (PSD), afirmou, nesta quinta-feira (11), que não parou para pensar se é candidato das eleições de outubro.
— Não parei ainda para pensar se já sou 70% candidato, 10% ou 30%. Tenho que hoje assegurar que a economia continuará crescendo, o resto a realidade dirá. Minha ideia é estar totalmente concentrado no meu trabalho hoje, todos podem ficar tranquilos — disse, em entrevista à Rádio Bandeirantes de São Paulo, ao ser questionado se se considera postulante. Já em entrevista à revista Veja, em novembro do ano passado, o ministro afirmou que "sim, sou presidenciável".
Para o titular da Fazenda, cargos relevantes devem ser ocupados por pessoas com experiência na vida pública.
— É importante que pessoas que ocupem cargos relevantes tenham experiência. Vivemos um momento em que o Brasil está se reformando em todas as áreas e é importante que reformas da economia brasileira continuem — afirmou.
Ele voltou a dizer que, no momento, só pensa no trabalho à frente do ministério e repetiu que só tomará uma decisão sobre sua possível candidatura no começo de abril.
— Apenas vou pensar em candidatura e tomar decisão no início de abril. No prazo legal, terei de decidir se continuo onde estou ou se saio para participar da eleição — afirmou.
Questionado se a sua experiência e conhecimento no comando da economia seriam suficientes para reverter a falta de popularidade demonstrada até agora nas pesquisas pré-eleitorais, o ministro admitiu que esse será um dos pontos que ele terá de analisar até abril.
— Tenho de analisar a disposição pessoal e condições políticas para uma candidatura — respondeu.
Meirelles avaliou ainda que, após décadas de idas e vindas de regimes não democráticos, o Brasil passa agora por um processo de aprendizagem. Segundo ele, o processo eleitoral deste ano será uma oportunidade para o país amadurecer.
Perguntado sobre a reforma política, o ministro ainda elogiou o sistema de votação distrital que foi debatido pelo Congresso.
— O voto distrital tem vantagens e funciona bem em alguns países de renda mais alta. É importante aproximar os políticos do eleitor — concluiu.