Faltando menos de um mês para o primeiro turno das eleições gerais de 2022, muitos eleitores começam a organizar seus documentos para votar, a escolher seus candidatos e a relembrar a sua seção de votação. Contudo, muitos votantes já aposentaram o título de eleitor em papel, e optaram por utilizar apenas o e-Título — título de eleitor digital — na hora de votar, o que é uma opção desde as eleições de 2018 para quem realizou o cadastramento biométrico.
Inclusive, Caxias do Sul está acima da média nacional e do Rio Grande do Sul no número de downloads do e-Título. Ao todo, o eleitorado caxiense atinge 343.453 votantes. Desse número, são 76.437 eleitores que têm o aplicativo com a via digital do título, o que representa 22,26% do eleitorado. No RS, o percentual cai para 16,44%. Já no Brasil o percentual é de 18,18%.
Além de servir como título eleitoral digital, o aplicativo também permite um acesso rápido e fácil às informações do eleitor junto à Justiça Eleitoral, como a situação eleitoral e local de votação, por exemplo, além de ser possível tirar a certidão de quitação eleitoral e realizar a justificativa por falta, caso o eleitor não consiga votar. O e-Título está disponível nas lojas de aplicativos para smartphones com sistemas Android e iOS.
Vale destacar que o e-Título é válido como documento com foto e título eleitoral apenas nos casos em que o eleitor fez o cadastramento biométrico e quando tem a foto exibida no aplicativo. Caso o eleitor não tenha feito o cadastro da biometria ou se realizou, mas a foto não aparecer no e-Título, deverá apresentar um documento oficial com foto no dia da eleição junto do título digital.
Apesar da proibição do celular na cabine de votação, o uso do e-Título será permitido nas seções
Aprovado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em 1º de setembro, o uso de celulares e armas nos locais de votação está proibido para as eleições de outubro. A partir dessa decisão, o eleitor terá que entregar o celular desligado ao mesário da seção eleitoral. Quem se recusar a fazê-lo não poderá votar, diz o texto aprovado por unanimidade pelos ministros da Corte eleitoral. Porém, apesar dessa restrição, o uso do e-Título não será inviabilizado para identificar os eleitores. Mas vale ficar atento aos procedimentos para o dia.
— A orientação é para o eleitor mostrar o celular com o e-Título para sua identificação, o mesário localizará o nome no caderno de votação e fará a habilitação. Após a identificação, será solicitado ao eleitor que desligue o celular e deixe na mesa com o mesário e retire ao final da votação, juntamente com o comprovante do caderno de votação, aquele ticket pequeno — explica o chefe da 169ª Zona Eleitoral de Caxias do Sul, Edson Borowski.
A resolução explica que, em casos de recusa a entregar os dispositivos, os eleitores serão impedidos de votar. A mesa que coordena os trabalhos nos locais de votação também será autorizada a convocar as forças de segurança pública para lidar com o descumprimento das regras eleitorais.
Também é permitido que os juízes das seções eleitorais solicitem antecipadamente ao TSE o uso de detectores de metais para garantir o cumprimento das regras, porém apenas em casos que sejam comprovados os riscos de conflito na região. Em Caxias, segundo Borowski, não há essa necessidade.
— Caxias do Sul não tem histórico de nenhum incidente. Esta consulta tem origem em regiões mais conflituosas, aqui não é necessário — atesta.
Downloads só até 1º de outubro
É importante que os eleitores fiquem atentos e emitam logo o título digital. De acordo com o TSE, a emissão do e-Título estará suspensa no dia 2 de outubro, data do primeiro turno, e voltará a ser liberada em 3 de outubro. Em um eventual segundo turno, também só será possível tirar a via digital do título até a véspera, no dia 29 de outubro. A ação é realizada para evitar qualquer possibilidade de invasão do sistema.
Como baixar o e-Título
Basta acessar a loja de aplicativos, procurar na barra de pesquisa por "e-Título" e realizar o download. Após concluir o processo, abra o aplicativo e preencha as informações necessárias: nome completo, data de nascimento, número do CPF, nome da mãe e nome do pai.
O próximo passo será responder ao "Desafio de perguntas", que serão informações sobre o bairro que o eleitor já residiu ou reside atualmente, parte do seu endereço, número de telefone, local de votação, grau de instrução ou profissão, por exemplo. Essa etapa serve para validar seu título e proteger seu documento contra fraudes.
Também é fundamental prestar atenção na hora do preenchimento dos dados, pois eles precisam ser exatamente iguais aos que estão no cadastro eleitoral (acentos nos nomes, por exemplo). Se alguma informação estiver diferente da cadastrada na Justiça Eleitoral, o sistema não validará e não liberará o e-Título.