Seis dos 21 presidentes de partidos que integraram o coligação de apoio a candidatura de Edson Néspolo (PDT) avaliaram o resultado da vitória esmagadora de Daniel Guerra, do PRB, que se uniu a PR e PEN. Após três dias do pleito, a maioria dos dirigentes já tem uma opinião sobre os motivos que contribuíram para a virada de Guerra.
Publicamente, o presidente interino do PDT, Agenor Basso, não admite erros na condução da campanha. Segundo ele, dois momentos contribuíram para a vitória de Guerra: a insistência do candidato de oposição em desconstituir o governo do prefeito Alceu Barbosa Velho (PDT) e a indignação da população com os escândalos da Operação Lava-Jato.
O presidente do PSC, Tito Cavali, também afirma que não houve um equívoco que motivou a derrota do pedetista. Para o presidente interino do PTB, Gilberto Meletti, o marketing político da campanha do candidato republicano superou o do pedetista. Ele diz que Guerra apareceu como novo personagem e uma nova proposta para os eleitores que querem uma mudança.
Guila Sebben, presidente interino do PP, preferiu não comentar sobre possíveis erros antes de reunir os integrantes da sigla para uma avaliação. Para Guila, a população rejeitou o bloco formado por 21 partidos com ideologias diferentes como, por exemplo, o próprio PP com o PDT.
Já o presidente do PSB, Adriano Boff, criticou a condução da campanha que levou a derrota de Néspolo. Ele compara os erros da coordenação com o impeachment da presidente Dilma Rousseff.
– Foi um somatório de fatores – diz.
Eleições 2016
PMDB e PSB apontam erros na campanha de Néspolo, em Caxias do Sul
Presidentes de outras siglas afirmam que população queria mudança para justificar derrota
André Tajes
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